O anúncio de que o HSBC venderá a filial de varejo no Brasil, mexeu com o mercado. O anúncio foi feito ontem, em Londres. A medida faz parte de um plano de reestruturação do grupo, que deve manter apenas pequena presença no País para atender grandes corporações. Em Curitiba, onde fica a sede do banco no Brasil, o anúncio fez com que o sindicato dos bancários fizesse um protesto. Os quatro centros administrativos do banco — Palácio Avenida, Hauer, Kennedy e Xaxim — permanecerão fechados durante todo o dia.

 

Os bancários temem pelas possíveis demissões. São 21 mil trabalhadores. Mas não são apenas os trabalhadores, os correntistas do banco também sentem certa insegurança. Mas segundo o professor Lucas Dezordi, coordenador do curso de Economia da Universidade Positivo, os correntistas não têm motivos para se preocupar com as negociações de venda do HSBC do Brasil.

 

"O HSBC vai enxugar mesmo, fazer as demissões que anunciou, mas provavelmente o grupo financeiro que assumir, que vai ser um grande banco, irá manter as operações do HSBC, vai manter a carteira de clientes", afirma. "O HSBC é um banco sério. Na minha opinião, não há risco para os correntistas, pelo contrário. Já vivemos esse tipo de situação quando o Itaú comprou o Unibanco. Algumas contas e operações serão unificadas, sem nenhum prejuízo para os correntistas e investidores”.

 

Ainda de acordo com Dezordi, as recentes punições e multas aplicadas contra o banco nos Estados Unidos e na Europa, além da fiscalização do Banco Central, são garantias de que os clientes não tem com o que se preocupar neste momento. "O Banco Central faz a fiscalização de todos os bancos, e se o HSBC fizesse algo que prejudicasse os correntistas, teria punições bem severas e multas. E a última coisa que o banco quer agora é mais multa e punição, tendo em vista o que ele sofreu e vem sofrendo na Europa, nos Estados Unidos e no México. Então ele (HSBC) vai agir conforme a legislação local e as regras bancárias", opina.

 

As informações são do site Bem Paraná.