Fonte: CGN Cascavel
O homem acusado de matar a missionária Simone Moura Facini Lopes, 31, no dia 12 deste mês, contou mais detalhes sobre o caso. Francisco Lopes Ferreira, 64, confessou o crime e disse que além de acorrentar em uma cama e atingir a vítima com golpes de marreta, também teria estuprado e esganado a mulher que cuidava dele e o ensinava a ler. Ele já respondia por crime de estupro.
O depoimento foi dado durante acareação realizada entre ele e Juvenal Pereira dos Santos, 47, que também é suspeito de participação no assassinato. A dupla, que residia junto na chácara em São José do Rio Preto (SP), onde ocorreu o caso, foi colocada frente a frente 11 dias após o homicídio, durante 2h30.
De acordo com a polícia, Francisco negou que esganou e estuprou Simone nos primeiros depoimentos, mas, ao ser confrontado com a foto da necropsia, confessou que praticou tais atos com a vítima. Ele também indicou o local onde escondeu a calcinha utilizada pela vítima e o que ele aponta como as motivações para o ato. O assassino afirma que matou a missionária porque confessou estar apaixonado por ela.
A vítima teria dito que deixaria de cuidar dele e ajudá-lo, fazendo que ele decidisse estuprá-la e matá-la. Na casa do idoso foi encontrada uma foto de Simone com declarações amorosas e elogios aos atributos físicos dela, assinada pelo idoso. A polícia está analisando a dedicatória da foto, já que as frases não aparentam terem sido escritas por um idoso em processo de alfabetização. A hipótese inicial é a de que ele fingia ser analfabeto para receber a atenção da mulher.
Durante as investigações da perícia, a polícia encontrou em um quarto utilizado como depósito de objetos e ferramentas, no local do crime, três chaves que abriam o cadeado que estava amarrado no tornozelo de Simone. Foi encontrado também, na pia da cozinha, um molho de quatro chaves com um chaveiro de metal com o desenho de uma mulher. Neste molho, havia uma das chaves que abria o cadeado que amarrou a missionária na cama.
Para conclusão do inquérito, o delegado do caso, Alceu Oliveira de Lima Júnior, aguarda a chegada dos laudos periciais que poderão comprovar quem tocou no corpo de Simone, e a reconstituição do crime.