Fonte: Tribuna do Interior/Clodoaldo Bonete
Um dos grandes desafios do 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Campo Mourão é garantir a segurança com precisão aos municípios mais distantes da Comcam quando há ocorrências graves, em que o pequeno efetivo local não dá conta de enfrentar os criminosos em igualdade.
Isso ocorre principalmente em casos de explosões a bancos e assaltos com participação de vários bandidos fortemente armados, seja no meio urbano ou rural. Além do risco que essas ações criminosas provocam à população, a integridade física do próprio policial também é colocada à prova. Disposto a buscar meios de garantir maior segurança à região, sem colocar a vida das pessoas e do próprio policial em risco, o comando do 11º BPM reuniu ontem sargentos que comandam os destacamentos das cidades da região da Comcam para discutir um plano de Gestão Operacional.
A intenção é traçar um plano integrado de ação para, em caso de emergência, reunir um grande número de policiais e fechar o cerco contra os criminosos, garantindo maior segurança à população.
Conforme explicou o capitão Agnaldo Gentil de Alencar, se preciso for, o 11º BPM vai levar de 50 a 70 homens em uma única cidade da região, em pouco espaço de tempo. “O plano traçado é esse. Uma cidade com cerca de 3 mil habitantes, por exemplo, poderá receber até 50 ou 70 policiais, caso o comando entenda que existe a necessidade. Reunimos os sargentos nesta terça-feira para discutir essas atuações de forma coordenada”, diz o capitão, lembrando que objetivo é trabalhar de forma mais organizada. “É um principio de administração pública, onde começamos a usar todos os policiais da região de forma mais organizada, para que possamos fazer um cerco total em qualquer cidade em que haja a necessidade por conta de um assalto, ou qualquer crime de vulto. E isso precisa acontecer de forma rápida, por isso estamos buscando otimizar novas técnicas e métodos de administração.”
Alencar afirma que o propósito é prover o máximo de eficiência com os recursos disponíveis pelo 11º BPM. “Às vezes não temos a estrutura que gostaríamos em termos de efetivo e de viaturas, mas com planejamento é possível prestar um bom atendimento a todos. O criminoso que pensa em agir em uma cidade pequena, com dois ou quatro policiais, esperando maior facilidade, de repente vai se deparar com 30 ou 50 homens”, revela.
GPS
A PM também vai atuar com o sistema de GPS, verificando e rastreando novos caminhos pelas áreas rurais para ter acesso às cidades. Com isso, espera combater com mais eficiência os crimes cometidos em propriedades rurais e interceptando essas rotas de fuga usadas por criminosos. “Vamos conhecer esses caminhos onde não passam carros, mas apenas motocicletas para fazer uso também do policiamento com motos, garantindo cerco mais eficiente, reprimindo o crime em toda a região. Buscamos fazer com que toda a Comcam possa contar com todo o efetivo se precisar ”, enfatiza.
O capitão destacou também a importância da interação com a comunidade. Segundo ele, na maioria das cidades, os sargentos já costumam se reunir com as lideranças para troca de informações. “Isso é muito importante, pois a população exerce papel fundamental, fazendo denúncias de pessoas suspeitas, de individuo estranho circulando nas ruas, armados ou de pontos de drogas. Tudo isso ajuda muito e faz com que a polícia possa prender pessoas suspeitas antes mesmo que o crime aconteça. Já tiramos pessoas perigosas de circulação por conta de denúncias anônimas”, completa.
