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  Após polêmica, Doria promete colocar farinata na merenda escolar  
  Publicado em 18 de Outubro de 2017  
 
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Após polêmica, Doria promete colocar farinata na merenda escolar

Fonte: O Globo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que pretende colocar, ainda neste mês, farinata na merenda escolar. O composto alimentício é feito a partir do processamento de comida próximo da data de validade e virou polêmica nos últimos dias depois que o prefeito apareceu, em um vídeo divulgado em suas redes sociais, dizendo que distribuiria o composto para famílias de baixa renda.

 

Segundo Doria, a prefeitura foi autorizada a utilizar o item como um complemento à comida distribuída nas escolas municipais. Segundo a prefeitura, a farinata não vai substituir nenhum alimento in natura. O prefeito não explicou, porém, detalhes da operação, que ficaria a cargo da organização Plataforma Sinergia.

 

Durante coletiva de imprensa realizada na Cúria Metropolitana, para mostrar o apoio da Igreja Católica à iniciativa, Doria disse que nunca chamou a farinata de "alimento". Em 8 de outubro, o prefeito o classificou como “um alimento completo". Ele afirmou que o item é “abençoado” e o comparou a um "biscoitinho de polvilho”. Em viagem à Itália, na semana passada, o prefeito comparou o produto a “comida de astronauta.”

 

— Eu não fiz essa colocação — disse o prefeito nesta quarta-feira.

 

Questionado novamente sobre o fato de ter se referido à farinata como um alimento, admitiu, ter feito comentários equivocados sobre o produto em uma primeira oportunidade.

 

— Sou um prefeito. É bastante razoável (o equívoco), você não vai querer que dom Odilo (Scherer), um cardeal, seja especialista em nutrição.

 

                              

A iniciativa gerou reação de nutricionaistas e chefs de cozinha. O Conselho Regional de Nutrição de São Paulo, declarou que o produto fere o direito humano de alimentação adequada. A chef Janaína Rueda publicou uma "carta aberta" em que diz que o ato de comer também deve envolver prazer.

 

Nas redes sociais, muitas pessoas compararam o composto a uma "ração humana" e criticaram a intenção da prefeitura de distribui-lo para a população carente. Na segunda-feira, a prefeitura recuou e disse que não havia prazo para começar a utilizar o produto

 

Presente na coletiva, o cardeal e arcebispo da arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo Scherer, se disse “ofendido” ao descobrir que a farinata foi tratada por ração e garantiu que o produto, como prediz o nome, é derivado da farinha.

 

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Ele é feito a partir de doação de alimentos por empresas do ramo alimentício e pode ser processado, liofilizado ou desidratado. A liofilização, no caso, implica na desidratação do alimento por meio de um processo que o congela antes de retirar a água em uma câmara de pressão. O método é supostamente utilizado para conservar as propriedades nutritivas e assegurar maior tempo de preservação.

 

A Plataforma Sinergia alega que o processo pode prolongar em até dois anos a validade do alimento. Distribuído em pó, o composto reúne os componentes de outros alimentos como legumes e verduras e pode ser misturado às refeições. Postos à mesa, em potes de vidro, estavam exibidos alguns alimentos à base do ingrediente, como biscoitos e macarrão.

 

O prefeito, inclusive, pontuou que alguns pedaços de pão que estavam dispostos sobre a mesa eram feitos à base de farinata. Em seguida, numa alusão reduzida à Santa Ceia, repartiu o pão solenemente com os colegas com quem dividia a bancada.

 

 
 
 
 
     
 

 
 
     
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