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  Confira como foi o primeiro dia do júri popular de Carli Filho  
  Publicado em 28 de Fevereiro de 2018  
 
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Confira como foi o primeiro dia do júri popular de Carli Filho

Fonte – Massa News

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Do lado de fora, familiares de vítimas que morreram em acidentes de trânsito, em Curitiba, gritavam e clamavam por Justiça. Dentro do Tribunal do Júri, o silêncio prevalecia e as vozes ouvidas eram apenas a do juiz Daniel Avelar, da 2ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba, dos advogados de defesa do ex-deputado Carli Filho, dos advogados das famílias das vítimas, do promotor do Ministério Público, Marcelo Balzer, e dos depoentes.

 

O julgamento que começaria às 13 horas, começou com 15 minutos de atraso. Após o sorteio dos sete jurados – cinco mulheres e dois homens – o primeiro depoimento foi anunciado. Eduardo Missel Silva, médico e amigo de Carli Filho, falou que encontrou com o ex-deputado em um restaurante, horas antes do acidente que vitimou Gilmar Rafael Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20 anos, na madrugada do dia 7 de maio de 2009, no cruzamento da Avenida Monsenhor Ivo Zanlorenzi com a rua Paulo Gorski, no bairro Mossunguê, em Curitiba.

 

Durante o depoimento, Eduardo disse que ele, a namorada e Carli Filho pediram 4 garrafas de vinho, mas não beberam todas. Na saída, teria oferecido carona ao ex-deputado, pois achou prudente pela bebida que ingeriram. O deputado teria aceito em um primeiro momento, mas, em seguida, entrou no próprio carro e saiu. O médico disse que não se lembra para onde o amigo teria ido e que ficou sabendo do fato apenas no dia seguinte pelos jornais.

 

Logo após o primeiro depoimento, José Antônio Mangue, médico que atendeu Carli Filho no Hospital Evangélico, antecipou sua fala e depôs. Ele disse que o ex-deputado chegou já em coma no hospital e que todos os procedimentos foram feitos para que, inicialmente, ele pudesse voltar a respirar, já que o estado era bastante crítico.

 

Quando questionado sobre os motivos de Carli Filho ser transferido para um hospital de São Paulo, Mangue disse não entender o motivo da família, já que, naquela época, o Evangélico era referência nacional no tratamento que o ex-deputado precisava.

 

Neste momento, imagens do acidente foram colocadas no telão do Tribunal do Júri e a emoção tomou conta de várias pessoas presentes, entre elas, Christiane Yared, mãe de Gilmar Yared, que morreu naquela noite. Carli Filho também não conteve as lágrimas e chorou na frente dos jurados.

 

Os depoimentos continuaram. O segurança do restaurante onde estava Carli Filho, Altevir Gonçalves dos Santos, disse se lembrar que o ex-deputado estava ‘trançando as pernas’ e ‘bastante alterado’. Ele confirmou que tentou impedir que Carli Filho entrasse no carro, mas não conseguiu.

 

Duas testemunhas oculares do acidente também falaram suas versões sobre aquele dia.

 

O último a depor foi o perito particular contratado pela defesa de Carli Filho, Ventura Rafael Martelo Filho. Ele ficou cerca de 3 horas falando sobre as perícias feitas no local do acidente e criticou a atuação do Instituto de Criminalística de Curitiba. Ele também garantiu que o carro onde estava o ex-deputado nunca ‘decolou’ e que a velocidade divulgada de 161 a 173 km/h não era verdade.

 

O perito disse que pelo que foi possível investigar, a velocidade máxima que Carli Filho atingiria naquela via era de 136km/h.

 

A expectativa ficou para o depoimento do próprio Luiz Fernando Ribas Carli Filho. Após a fala dele, o júri foi encerrado e será retomado nesta quarta-feira (28), quando os jurados devem se pronunciar se consideram o réu culpado ou inocente das acusações.

 

Independentemente do resultado, Carli Filho não será preso. Se condenado, ele poderá recorrer da decisão em liberdade.

 
 
 
 
     
 

 
 
     
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