Foto: PM-PR
Por Lorena Pelanda – Paraná Portal e Assessoria
Três policiais militares morreram dentro de um batalhão da PM em Ivaiporã, na região Centro-Oeste do Paraná.
O crime aconteceu na manhã deste domingo (02), na 6ª Companhia Independente de Polícia Militar.
Um policial militar morreu e outro ficou gravemente ferido após um outro militar entrar no batalhão e atirar contra os colegas. O policial ferido chegou a ser encaminhado ao hospital, mas morreu em seguida.
O PM Lucas Santos Araújo, que teria invadido o local, morreu na troca de tiros com outros militares. Os alvos foram o subtenente Luiz Antonio Abba e o soldado Robson Alves Medina.
De acordo com as informações iniciais o soldado da PM entrou na corporação por volta das 7h da manhã atirou contra dois policiais militares que estavam trocando de plantão, saiu do local e morreu na frente da Cia.
A Polícia Civil informa que um inquérito policial será instaurado pela Delegacia de Ivaiporã para apurar as mortes.
A Criminalística foi acionada para atender o local, pois o suspeito também atirou contra um carro que trafegava pela rodovia. O delegado da cidade, Gustavo Dante da Silva, lamenta o ocorrido e presta todo o apoio a co-irmã.
A Polícia segue com as investigações para esclarecer o ocorrido. Outros detalhes não serão repassados para não atrapalhar os trabalhos policiais.
Confira a nota oficial da PM
A Polícia Militar do Paraná está combalida diante da tragédia que acometeu a Corporação na manhã deste domingo (02/09) na cidade de Ivaiporã, Centro-Norte do Estado. A Polícia Militar lamenta profundamente a perda de seus entes queridos, e reconhece que antes de eles serem policiais militares, são filhos, maridos, pais e integrantes da sociedade e deixarão um vazio em seus companheiros e familiares. Diante do fato a Corporação decretou luto oficial de três dias.
“Oramos a Deus que conforte os corações destas famílias neste momento que é muito doloroso e triste. A PM está consternada com a perda destes irmãos de farda e com a dor dos familiares, por isso peço a proteção de Deus a todos os integrantes desta Corporação, que diariamente dedicam suas vidas em prol da comunidade, para que situações como esta não voltem a acontecer. Que Deus continue a nos iluminar nesta caminhada árdua em defesa da sociedade”, pede a Comandante-Geral da PM, coronel Audilene Rosa de Paula Dias Rocha.
O Subcomandante-Geral da PM, coronel Arildo Luis Dias, também lamenta a tragédia. “Independente das circunstâncias que envolvam os fatos que levaram às mortes destes policiais, o que dói para nós militares estaduais é a perda de irmãos de farda, principalmente em uma situação desta complexidade”, lamentou. “Este é um fato isolado e não faremos juízo de valor sobre a ocorrência, aguardaremos os devidos trâmites legais, ou seja, faremos os levantamentos necessários para saber qual foi a motivação, e como se deram os fatos que resultaram nesta tragédia que abateu nossa Corporação”, disse.
Logo após o ocorrido, a PM instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) que vai apurar as circunstâncias do fato, bem como a motivação, entre outras questões pertinentes. “Todos os policiais presentes no local serão ouvidos, as armas e viatura utilizadas recolhidas para perícias e outros procedimentos adotados a fim de esclarecer esta tragédia. A Polícia Científica também esteve no local para os procedimentos cabíveis”, afirmou o tenente-coronel Luiz Roberto Costa, Comandante do 2º Comando Regional de Polícia Militar (2º CRPM).
HISTÓRIA – O Subtenente tinha 26 anos de corporação (ingressou em 1991) e 51 anos de idade, era pastor evangélico, casado e deixa esposa e duas filhas adultas. Já o soldado Medina, ingressou na Corporação em 2016, tinha 36 anos de idade e dois de Corporação. Ele era casado, deixa esposa e duas crianças.
O soldado Santos, por sua vez, ingressou na PM em 2016, tinha dois anos de Corporação, 26 anos de idade, era casado e não tinha filhos. De acordo com informações da 6ª Companhia Independente, não possuía em seu histórico registro de transtornos psicológicos e nem de atestado médico, mas respondeu a dois procedimentos disciplinares internos recentemente.
Desde o Comando-Geral, passando pelo 2º Comando Regional da PM até o Comando da 6ª CIPM, todos estão consternados com o fato. “É lamentável ter que lidar com uma situação trágica entre irmãos de farda, algo sem precedentes, que choca toda a sociedade, mas Deus está acima de tudo. A Polícia Militar dará toda a assistência, que estiver ao alcance, às famílias dos policiais militares”, explicou. “O Comandante da 6ª CIPM está pessoalmente, com equipes policiais, acompanhando as famílias e os procedimentos”, conta o tenente-coronel Roberto.
O Comandante do 2º CRPM sintetizou o trágico evento com a mensagem do livro de Eclesiastes, no capítulo 3, que fala acerca do tempo para cada propósito, seja o tempo para nascer, o tempo para morrer, o tempo de chorar, de rir e de prantear.