A mãe da aluna que teve o celular retido nas dependências do Colégio Campina no inicio desta semana procurou a redação do Portal o Vale através do seu advogado para conta o seu lado da história sobre o fato.
Segundo o Advogado da mãe da adolescente, sua cliente representou a Diretora do Estabelecimento de ensino por apropriação indébita, uma vez que mesmo que há uma normativa no Colégio, o ato fere a Constituição Federal.
Tivemos acesso ao Boletim de Ocorrência onde a mãe relata que sua filha deixou um aparelho Iphone 6S em cima da carteira, e que a adolescente não estava mexendo no celular no momento em que a professora recolheu e disse que iria entregar somente no final da aula e após o final da aula levou o aparelho para secretaria entregando para Diretora que se negou a entregar.
Ainda no boletim a mãe diz outros alunos com poder aquisitivo fazem o uso do celular livremente nas dependências do estabelecimento não sendo punidos, e que acredita que pessoas com poder aquisitivo elevado são privilegiados e ainda estaria tendo prejuízos, pois usa o celular para agendar atendimento as suas clientes, pois a mesma é trabalha como manicure.
Ainda segundo o Advogado da mãe da adolescente o caso vai para justiça para que seja tomadas as medidas cabíveis.
RELEMBRE O CASO
Na última terça-feira (09), a mãe de uma aluna causou confusão dentro do espaço escolar do Colégio Campina, após o celular de sua filha ser recolhido durante uma prova em sala de aula.
Segundo informações de alunos que presenciaram o fato, a Professora que aplicava a prova, pediu para que os alunos deixassem apenas caneta, lápis e borracha sob a carteira, mas uma aluna manteve o celular sob a carteira e a professora acabou recolhendo o aparelho e levando a secretaria. A aluna insatisfeita com atitude da professora entrou em contato com a mãe que acabou indo ao colégio tirar satisfações.
Ainda segundo informações, a mãe chegou alterada no estabelecimento de ensino, o que levou a diretoria a chamar a Polícia Militar, pois a mesma tentou invadir a sala onde a professora estava, sendo necessário que uma pedagoga intervisse, barrando a porta. Após o ocorrido, diretoras e professora procuraram a Polícia Civil para registrar queixa.
Em contato com um funcionário do Colégio, o mesmo disse que desde 2016 há uma normativa aprovada em assembleia com os pais, para que o uso de celular no estabelecimento seja permitido para fins pedagógico. “Na época ficou decidido também junto aos pais que se fosse pego o aluno usando o aparelho para outros fins que não fosse pedagógico, o celular seria recolhido por 72 horas, após esse tempo seria entregue aos pais ou responsáveis”, informou o funcionário que não quis se identificar.
Há uma lei estadual que permite o uso de aparelho/equipamentos eletrônicos para fins pedagógicos em estabelecimento de ensino, a Lei Estadual nº 18.118/2014-PR, de 24 de junho de 2014