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  Solteiras, filhas de ex-deputados e senadores recebem fortunas de pensão  
  Publicado em 21 de Janeiro de 2020  
 
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Solteiras, filhas de ex-deputados e senadores recebem fortunas de pensão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte – Paraná Portal

Por Pedro Ribeiro

 

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), quer que o Supremo Tribunal Federal (STF) mude a interpretação da lei que garante o benefício para 194 filhas solteiras de ex-parlamentares e ex-servidores, a um custo anual de R$ 30 milhões. O Congresso Nacional paga o absurdo de R$ 30 milhões a filhas solteiras de ex-parlamentares e ex-servidores.

 

Para Maia, como para todos os brasileiros que suam para levar o leite para as crianças no fim do dia ou do mês, chega a ser deprimente saber de informações como esta em plena tentativa de mudanças no país. O Estadão revelou o caso da pesquisadora Helena Hirata, que mora há 49 anos em Paris e recebe R$ 16.881,50 por mês apenas por ser solteira e filha de ex-deputado.

 

Uma auditoria do TCU, de 2016, apontou suspeitas de fraudes em 19 mil pensões para filhas solteiras pagas em diversos órgãos da administração pública federal, não apenas do Legislativo. O tribunal alterou a interpretação da lei e obrigou que as pensionistas comprovassem a dependência do benefício para manterem o privilégio.

 

“Depois da interpretação do Tribunal de Contas da União, o STF deu infelizmente decisão garantindo o direito adquirido”, disse Maia. “Todos os casos como esses mostrados são absurdos. Vamos continuar investigando, tomando as decisões e trabalhando para que o STF mude sua interpretação e tenha interpretação real daquilo que é o correto, para que não tenhamos privilégios e desperdícios desnecessários”.

 

As solteiras passaram a reivindicar ao STF a manutenção das remunerações. O ministro da Suprema Corte Edson Fachin suspendeu o acórdão do TCU e determinou a aplicação do entendimento original à lei, o que foi respaldado pela Segunda Turma da Corte. Um integrante do STF classificou os pagamentos como “absurdo”.

 

“Esse não é um assunto novo, que foi criado agora. Nos últimos anos a diretoria-geral da Câmara vem organizando isso, pesquisando, investigando e até usando as redes sociais para mostrar casos em que já há relação estável para mostrar as pessoas que casaram, têm família e estão burlando a lei”, comentou Maia.

 

As pensões são garantidas por uma lei de 1958. Em 1990, outra legislação pôs fim aos pagamentos, mas quem havia adquirido o direito o manteve. Para não o perder, basta permanecer solteira ou não ocupar cargo público permanente. Denúncias de fraudes não faltam. Em dezembro, por exemplo, uma mulher foi indiciada por estelionato pela polícia legislativa por ser casada e manter o benefício.

 

‘É direito adquirido. É preciso esperar até falecerem’, alegam deputados, segundo Estadão.

 
 
 
 
     
 

 
 
     
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