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  Dois pacientes morrem durante espera de leitos de UTI geral em Cascavel, diz prefeitura  
  Publicado em 15 de Setembro de 2020  
 
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Dois pacientes morrem durante espera de leitos de UTI geral em Cascavel, diz prefeitura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por RPC Cascavel e G1 PR — Foz do Iguaçu

 

 

Duas pessoas, de 78 e 55 anos, morreram em Unidades de Pronto Atendimento (UPA), em Cascavel, no oeste do Paraná, enquanto aguardavam por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral nos hospitais da cidade e da região, segundo a prefeitura.

 

Conforme o município, até o final da tarde desta segunda-feira (14), 35 pacientes aguardavam nas UPAs por uma transferência para um leito hospitalar.

 

O último boletim divulgado pelo município, desta segunda, aponta que a taxa de ocupação atingiu 96,4% nos leitos de UTI geral, que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Cascavel. Dos 52 leitos ofertados, dois estão livres.

 

Uma das vítimas era Hugo Senger, de 55 anos, que estava internado desde quinta-feira (10) na UPA Brasília.

 

Ele conseguiu uma vaga de UTI no domingo (13), mas teria que ser transportado por quatro horas até Sarandi, no norte do Paraná. Devido ao quadro de saúde dele, não foi transferido e morreu poucas horas depois.

 

"Infelizmente, ele veio a falecer por falta de uma UTI para o estado dele, porque não tinha nenhuma. É um sentimento de revolta. Eu não tenho palavras para explicar, porque é um ser humano ali necessitando e não ter, ver que deixaram meu irmão falecer assim", contou a irmã de Hugo, Rosângela Senger.

 

Na manhã de segunda-feira houve uma reunião para discutir o colapso do sistema de saúde na cidade e região, na 10ª Regional de Saúde.

 

Representantes do município, do governo do estado, do Consórcio Intermunicipal Samu Oeste (Consamu) e do Ministério Público do Paraná (MP-PR) participaram do encontro para buscar soluções e tentar amenizar o problema da região.

 

"A contenção social gerou uma retenção das pessoas em casa com uma certa tranquilidade. A hora que houve um afrouxamento, muita gente começou a querer recuperar o atrasado e os acidentados foram um exagero. Os pacientes mais graves são de acidentes de trânsito da região. Antes a gente conseguia dar vazão aos casos das UPAs, porque os acidentes não estavam chegando, aí quando os acidentes começaram a chegar, começam a represar leitos no hospital universitário e represa pacientes nas UPAs, eles pioram lá e precisam, cada vez mais, de leitos com maior complexidade", disse o diretor do Hospital Universitário de Cascavel, Rafael Muniz.

 

No fim de semana, foram registrados dois acidentes graves na região oeste, com 13 feridos.

 

 

De acordo com o promotor do Ministério Público Angelo Mazuki, as pessoas precisam prevenir acidentes para evitar a necessidade de um leito de hospital.

 

"Não acredito em uma solução fácil, acho que a população precisa tomar mais cuidado, mais do que nunca, para não precisar do sistema de saúde", explicou.

Os leitos de UTI geral são para atender vítimas de acidentes graves e outras doenças. Quando não há leitos disponíveis, os pacientes são transferidos para cidades da região. Entretanto, no fim de semana, além de Cascavel, Toledo também estava com a ocupação máxima nos leitos de UTI.

 

"Os pacientes tiveram que ir para outras cidades mesmo com convênio ou atendimento privado. É uma situação que extrapolou completamento a capacidade do sistema de Cascavel", disse o chefe da 10ª Regional de Saúde, João Gabriel Avanci.

 
 
 
 
     
 

 
 
     
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