Foto - AEN
Fonte - Pedro Brodbeck, G1 PR
O Laboratório Central do Estado (Lacen) do Paraná tem 51 mil testes de Covid-19 com vencimento até o final de dezembro de 2020, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
Segundo a secretaria, o estado tem capacidade de processar mais de 5 mil amostras por dia de testes RT-PCR.
A Sesa, no entanto, informou que não é possível garantir que todas as reações para os exames serão usadas antes do vencimento porque a quantidade diária de testes varia de acordo com a demanda de casos suspeitos.
Além destes kits, o Lacen tem outros 30 mil testes que vencem em 2022, segundo a Sesa.
Desde o início da pandemia, o Paraná realizou mais de 1 milhão de testes para coronavírus. Ao todo, 258 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença, de acordo com a Sesa. 5,8 mil pessoas morreram vítimas da Covid-19.
Segundo a Sesa, mais de 700 mil testes RT-PCR foram realizados pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), instituição ligada à Fiocruz.
Além do Lacen e do IBMP, existem outros 24 laboratórios habilitados no Paraná para realizar o teste de RT-PCR para o novo coronavírus.
O teste RT-PCR é o de maior precisão para o diagnóstico da Covid-19. A análise é feita com base em amostras da região do nariz e da garganta e indica o vírus ativo, ou seja, a infecção ainda em andamento.
Insumos
A Sesa também afirma que não há risco de falta de testes por falta de insumos. De acordo com a secretaria, a última solicitação de kits que o Lacen foi feita em outubro, e os insumos já foram entregues ao laboratório.
O IBMP, segundo a Sesa, faz um acompanhamento semanal dos estoques e recebe kits de acordo com a demanda prevista.
Ministério da Saúde
No domingo (22), uma reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" apontou que o Ministério da Saúde tem 6,8 milhões de testes de Covid-19 que podem perder a validade até janeiro de 2021 estocados em um armazém, em Guarulhos.
Os testes custaram R$ 290 milhões à União.
O ministério informou por meio de nota, no domingo (22), que espera receber, ainda esta semana, estudos de "estabilidade estendida" para os testes estocados, ou seja, estudos que indiquem a viabilidade de prorrogar essa data de vencimento.
Na nota, o ministério também afirmou que os kits "são distribuídos de acordo com as demandas dos estados"
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) afirma, no entanto, que alertou o governo federal diversas vezes sobre a falta de materiais para processar as amostras do teste PCR em alguns estados.