Por Walter Pereira, Tribuna do Interior
Com 1.037 casos suspeitos de dengue e 116 confirmados na região da Comcam, os cuidados nesta época do ano, cujo clima chuvoso e quente propiciam a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor também da Febre Chikungunya; Febre Amarela e Zika Vírus, os cuidados devem ser redobrados pela população. O alerta é da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão.
Regional de Saúde pede atenção da população para remoção de lixos que possam servir de criadouros ao Aedes aegypti 14/01/2021 Tribuna do Interior - Região tem 1.037 casos suspeitos de dengue e 116 confirmados; Saúde está em alerta. Os números atualizados da dengue foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SESA).
Houve uma revisão da quantidade de casos, que no fim do ano passado eram 128. Os números diminuíram devido a erros no lançamento dos dados no sistema.
"Estamos a todo momento atentos à dengue na nossa região”, afirmou o chefe da Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira. Ele pede a atenção da população na remoção de lixos que possam servir de criadouros do Aedes. “A remoção mecânica de criadouros é a forma mais eficaz de prevenção”, ressaltou.
De acordo com o boletim da dengue, as cidades com casos confirmados são Araruna (1); Barbosa Ferraz (6); Boa Esperança (1); Campina da Lagoa (41); Campo Mourão (1); Corumbataí do Sul (1); Engenheiro Beltrão (1); Goioerê (1); Iretama (8); Juranda (1); Mamborê (2); Moreira Sales (6); Nova Cantu (1); Peabiru (4); Quinta do Sol (5); Roncador (2); Terra Boa (6); e Ubiratã (33).
Além disso, a Comcam teve mais um caso suspeito em Terra Boa notificado de Febre Chikungunya, aumentando para quatro. Os municípios com notificações para Chikungunya são Janiópolis (1); Rancho Alegre D’Oeste (1); e Terra Boa (2). “Enquanto a população não se conscientizar de que é preciso eliminar criadouros, dificilmente teremos controle sobre a dengue”, frisou Siqueira. Segundo ele, o ideal é evitar que o mosquito chegue à fase adulta, e isso só é possível eliminando focos de larvas.
O atual período epidemiológico teve início em agosto do ano passado e encerra em julho de 2021. O ciclo anterior da dengue na região teve 15.394 confirmações e 26.095 notificações. Foram registradas 14 mortes e 18 cidades enfrentaram epidemia. Na ocasião, nove municípios registram mais de 1 mil casos da doença.
“A população não pode focar os cuidados só na pandemia do coronavírus e esquecer da dengue que é tão perigosa quanto”, pediu a chefe de Vigilância Sanitária da Regional de Saúde, Alessandra Granado, ao reforçar o pedido à população que redobre os cuidados.
“Temos chuvas frequentes e calor, tornando o ambiente favorável ao mosquito”, ressaltou. Ela lembrou que 90% dos criadouros do Aedes são encontrados em domicílio.
