Campina da Lagoa (PR) – Moradores das comunidades rurais da Herveira e Água do Gurucaia, em Campina da Lagoa, seguem enfrentando dificuldades de acesso à água potável, mesmo após a perfuração de poços artesianos em 2023. Passados dois anos, a promessa de abastecimento direto nas residências ainda não se concretizou.

 

 

O projeto faz parte de um convênio firmado em 2022 entre o município e o Governo do Estado do Paraná, com objetivo de ampliar o acesso à água no interior. No ano seguinte, a Câmara Municipal destinou R$ 150 mil por meio do orçamento impositivo para a instalação das estruturas necessárias — como bombas, caixas d’água e rede de distribuição. Por lei, os recursos deveriam ter sido executados até o final de 2024.

 

 

No entanto, o tempo passou, a gestão municipal foi renovada em 2025, e até agora o que se vê nas comunidades são estruturas paradas e promessas não cumpridas. A moradora Cleuza Baquião, da Água do Gurucaia, vive a angústia diária da espera: “Se chover o dia inteiro, nem é muita chuva, a água vira barro e a gente não pode nem beber.”

 

 

Preocupado com a situação, o vereador Celso Passafaro apresentou nesta semana um requerimento oficial ao Executivo, cobrando informações claras sobre o andamento do projeto. Entre os questionamentos estão:

 

 

Qual o cronograma para finalização dos serviços nas comunidades da Herveira e do Gurucaia?

 

Existe algum impedimento técnico, legal ou orçamentário que justifique o atraso?

 

Quanto ainda resta do recurso destinado em 2023 especificamente para essa finalidade?

 

Em resposta à reportagem, o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Pablo Michel, informou que desde o início da atual gestão foi realizado um levantamento da situação e que providências já estão sendo tomadas.

 

“Desde janeiro, realizamos um levantamento completo da situação. Já estamos tomando providências para resolver os entraves deixados na execução desse projeto. É prioridade da nossa secretaria solucionar isso o quanto antes para os moradores. Inclusive, já entramos em contato com as comunidades para prestar contas.”

 

Sobre os questionamentos envolvendo o atraso da execução do orçamento impositivo e o uso da verba, o secretário disse que será respondido em breve.