Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
*Sessão plenária do STF, 29/02/2024 – Ministro Flávio Dino na sessão plenária do STF.
Por - Gésio Passos / Repórter da Rádio Nacional
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta segunda-feira (25) que a Polícia Federal investigue possíveis irregularidades em 964 emendas parlamentares que não cadastraram plano de trabalho no sistema do governo federal.
O ministro Flávio Dino deu dez dias úteis para que o Tribunal de Contas da União (TCU) envie às superintendências da PF em cada estado a lista de emendas que devem ser alvo de inquérito.
Essas emendas individuais de transferência especial, conhecidas como emendas Pix, somam R$ 694 milhões, já repassados a estados e municípios.
Rastreabilidade do dinheiro
Em 2022, o STF já havia definido que esse tipo de emenda deveria ter plano de trabalho para garantir transparência e rastreabilidade dos recursos públicos.
Flávio Dino também determinou que o Ministério da Saúde não execute emendas do relator do orçamento (RP9) que não atenderem a critérios objetivos de transparência.
Conta específica obrigatória
Pela decisão, bancos públicos só poderão transferir recursos de emendas parlamentares mediante a abertura de conta específica para cada emenda.
Os bancos terão 30 dias para adaptar seus sistemas à nova deliberação.
A partir de 2026, os repasses deverão ser feitos exclusivamente por meio de Ordens de Pagamento e de Parceria, sistema criado para reforçar o controle sobre o destino do dinheiro.