Fonte - Jornal O Vale 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A destinação do lixo produzido pela população em Campina da Lagoa virou assunto na reunião ordinária da Câmara de Vereadores, na última terça-feira (15), após o secretário de o Legislativo ler a reposta encaminhada pelo Executivo em virtude do Ofício Nº 046/2016 de autoria do vereador Rodolfo de Vergenes “Brio” (PV), pedindo esclarecimentos quanto ao assunto. O trecho da resposta que causou estranheza no vereador autor do ofício foi onde o Executivo afirmou que “o contrato foi formalizado por tonelada, sendo assim a solicitação de coleta varia de acordo com a produção de resíduos”.

 

Insatisfeito com a resposta, o Vereador fez uso da palavra livre e aproveitou para enviar a administração municipal outro oficio, dessa vez pedindo informação sobre como é realizada a pesagem do lixo e em que local, assim como quem é o responsável pela pesagem e dados concretos dos tickets das pesagens. “Nós vereadores temos recebido constantemente reclamações sobre os serviços prestados pela empresa responsável pela coleta de lixo”, justifica Brio.

 

A empresa que foi contratada pela administração municipal de Campina da Lagoa para fazer a correta destinação do lixo doméstico é a mesma que virou alvo de investigação na Câmara de Vereadores de Roncador nesta semana.

 

“Raramente se vê o caminhão dessa empresa aqui transportando o lixo. E olhando nas finanças do município constatamos que em 2015 foram pagos cerca de R$ 100 mil para essa empresa. Quanto menos se circula com os caminhões, mais ‘dimdim’ sobra. Se estivesse sendo feito um serviço de acordo eu não iria reclamar, mas fui lá e presenciei o descaso”, explica o edil, que revoltado com a resposta ao primeiro ofício finaliza da seguinte forma: “Vou aguardar as respostas ao novo ofício e que não me venham com respostas engraçada como a primeira, por mais que seja séria a questão”.

 

DENÚNCIA NO MP

Segundo informações, um consultor público da Ong “Vigilante da Gestão Pública”, com sede em Curitiba, encaminhou denúncia ao Ministério Público da Comarca de Campina da Lagoa, após ter acesso ao processo de licitação realizado no município para contratação dos serviços da referida empresa.

 

“Constatamos que a empresa Sabiá Ecológico foi contratada para prestar serviços nesta municipalidade, verificamos também que o processo contém orçamento da empresa Quality Bio, de Umuarama, que é de propriedade da mesma família proprietária da Sabiá Ecológico, vencedora do certame. Também verificamos que uma pessoa da prefeitura anexou memorando com os orçamentos, embora a empresa Quality Bio não exista no mercado, pois, por ser de propriedade de Augustinho Stang e Andrey Stang, sequer possui atendimento na cidade, e o escritório que faz a "contabilidade" da referida empresa é de Salto do Lontra, ou seja, cidade vizinha a Sabiá Ecológico, portanto, precisa ser apurado como esta pessoa conseguiu o tal orçamento que anexou no processo”, destacou o responsável pela Ong “Vigilantes da Gestão Pública”, quando de sua visita a prefeitura.