Com informações da Assessoria do Ministério Público do Paraná
Ubiratã voltou ao centro das atenções estaduais nesta semana, mas por motivos que preocupam e escancaram o poder de atuação do crime organizado. O Ministério Público do Paraná, por meio dos núcleos do GAECO de Maringá e Cascavel, deflagrou a Operação Transporter, que resultou na apreensão de bens estimados em R$ 280 milhões — incluindo uma aeronave, imóveis de alto padrão, veículos de luxo, ativos financeiros e criptoativos.
A Vara Criminal de Ubiratã foi a responsável pela expedição das principais ordens judiciais, reforçando o papel estratégico da cidade no esquema investigado. Foram cumpridos 19 mandados de busca domiciliar e 11 pessoais, além de medidas cautelares como suspensão de passaportes e monitoração eletrônica. Um dos investigados foi preso em flagrante com 732 munições de calibre 9mm, parte delas já deflagradas.
O ESQUEMA
A investigação teve início em maio de 2023, após o Gaeco identificar o crescimento repentino do patrimônio de um dos alvos com movimentações suspeitas entre o Centro-Oeste do Paraná e o Estado de São Paulo. Com o avanço das apurações, surgiram evidências de um sofisticado esquema de empresas de fachada, movimentações bancárias atípicas e uso de criptoativos para lavar dinheiro oriundo de atividades criminosas.
UBIRATÃ NO MAPA DO CRIME
Além de Ubiratã, mandados foram cumpridos em Foz do Iguaçu, Juranda, Goioerê e Londrina (PR), e em São Paulo, Presidente Prudente e São Carlos (SP). Mas é a cidade de Ubiratã que figura como epicentro judicial da operação, o que levanta alertas sobre a presença e o enraizamento de esquemas milionários em municípios do interior paranaense.
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