Campina da Lagoa (PR) – O campo voltou a ser alvo da criminalidade. A Polícia Militar registrou um furto de grandes proporções na localidade da Herveira, zona rural de Campina da Lagoa. No Sítio São José, do agricultor Aparecido Vieira de Andrade, foram levados aproximadamente 3 mil metros de cabos solares fotovoltaicos, comprometendo todo o sistema de geração de energia elétrica da propriedade.
Segundo o relato do proprietário, ele percebeu que as placas solares haviam parado de funcionar e, ao verificar o terreno, encontrou a tela de arame rompida e várias caixas subterrâneas de concreto violadas. Os fios, de 6mm e nas cores vermelho e preto, foram levados sem deixar pistas imediatas.
E a ação dos criminosos não parou por aí. A poucos quilômetros dali, outra propriedade rural também foi invadida, em um crime semelhante. O furto só foi percebido na sexta-feira (14), e os proprietários ainda não têm noção do prejuízo total, que deverá ser contabilizado ao longo desta semana.
A Polícia orientou os produtores a reforçarem a segurança nas propriedades com instalação de câmeras, alarmes e vigilância monitorada, especialmente diante da onda de furtos no meio rural.
Situação recorrente no Paraná
Casos como esse não são isolados. Furtos de cabos de cobre, sistemas solares, baterias e transformadores se tornaram comuns no interior do estado, sobretudo em regiões agrícolas com pouca cobertura policial. O cobre possui alto valor de revenda no mercado paralelo, o que torna as propriedades rurais um alvo constante para quadrilhas especializadas.
Dados recentes da Secretaria de Segurança Pública apontam crescimento nas ocorrências de furto qualificado no campo, especialmente envolvendo estruturas de energia. A falta de vigilância constante e a distância das sedes dificultam o flagrante, e muitos crimes sequer são resolvidos.
O prejuízo vai além do material, afetando diretamente a produtividade das propriedades, já que muitos utilizam energia solar para irrigação, ordenha e refrigeração.
Os casos seguem sob investigação.