Por Walter Pereira
É incerto o futuro político do ex-prefeito
de Quinta do Sol, Roberto Antonio de Assis (PPS). Dependendo do resultado da
votação da Câmara de Vereadores, que julga na próxima segunda e terça-feira, as
contas dele, referentes a 2011, pode ficar inelegível para as próximas eleições
municipais, em 2016, caso pretenda concorrer ao pleito. As reuniões, em caráter
extraordinário, serão às 20 horas.
Assis precisa de dois terços da Câmara, ou
seja, seis votos favoráveis para contrariar o parecer do Tribunal de Contas do
Estado do Paraná (TCE-PR). O presidente da Câmara de Vereadores do município,
Antonio Zangali (PMDB), informou ontem à TRIBUNA que o processo ficou à
disposição da população durante dois meses, ou seja, 60 dias.
“Fizemos isso para que quem tivesse interesse
do que se tratava, que se interasse dos fatos”, comentou. O presidente acredita
que a Câmara seguirá o parecer do TC, como tem ocorrido em outros legislativos
da região.
Irregularidades
Segundo o Tribunal de Contas Assis declarou
informações contraditórias ao prestar contas da gestão financeira de 2011. A
imprecisão compreende diferenças entre valores da contabilidade municipal e o
efetivamente constante nas contas bancárias oficiais. De acordo com o TC,
verificou-se defasagem no ativo financeiro, R$ 2.517,48 abaixo do declarado, e
no passivo financeiro, R$ 34.809,65 acima do declarado- ou seja, são R$
37.327,13 a menos do que a prefeitura efetivamente contabilizou naquele ano.
Conforme o Tribunal, em termos de ativo
permanente, o patrimônio do Executivo também é menor (R$ 6.271.065,69) do que o
registrado (R$ 6.310.884,01), resultando em outra divergência contábil
negativa, neste caso de R$ 39.818,32. O TCE costuma ressalvar diferenças
inferiores a dez salários mínimos, situação não aplicável ao desempenho de
Quinta do Sol no exercício. O ex-prefeito recebeu do TC duas multas
administrativas, no valor de R$ 725,48 cada uma.
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