O atual governador Beto Richa (PSDB) e o ex-governador
Roberto Requião (PMDB) dividem a liderança na corrida pelo governo do Paraná,
mostra pesquisa Datafolha concluída nesta quarta-feira (13).
Richa está à frente de Requião: tem 39% das intenções de voto,
contra 33% do peemedebista. Considerando a margem de erro, porém, de três
pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente
empatados.Em terceiro lugar aparece Gleisi Hoffmann (PT), com 11%.
Bernardo Piloto (PSOL) e Ogier Buchi (PRP) têm 1% cada. Túlio
Bandeira (PTC), Geonísio Marinho (PRTB) e Rodrigo Tomazini (PSTU) não
alcançaram 1%.
Os indecisos somam 10%, e brancos ou nulos, 5%. O
levantamento foi realizado entre terça e quinta-feira, com 1.226 entrevistas em
46 cidades do Paraná.
Com a liderança ameaçada pelo ex-governador, Richa elegeu
Requião como seu principal alvo neste início de campanha, deixando de lado a
petista Gleisi.
O tucano vem afirmando que tem "várias balas de
prata" contra Requião, que foi seu antecessor e governou o Estado entre
2003 e 2010. Em seus discursos, fala da "truculência" e da
"falta de diálogo" do peemedebista, conhecido pela contundência de
opiniões.
Porém, ainda que com alta rejeição (de 27%, segundo o
Datafolha), Requião vem ganhando votos de eleitores insatisfeitos com o governo
Richa, que passou por dificuldades financeiras e congelou obras e promoções de
servidores.
O candidato do PMDB tem dito que vai fazer o Paraná
"voltar a ter governo", e chama Richa de "preguiçoso" e de
"garoto bronzeado". Pela língua afiada, tem conquistado eleitores
descrentes com a gestão do tucano.
Hoje, a rejeição de Richa já se iguala à de Requião,
considerada a margem de erro: 23% dos entrevistados não votariam nele de jeito
nenhum.
Sua gestão é aprovada por 48% dos eleitores –bem menos do que
os 84% de aprovação que tinha quando prefeito de Curitiba, no final de 2009,
pouco antes de deixar o cargo para disputar a eleição para o governo.
Requião entrou repentinamente na eleição deste ano. O PMDB
estava dividido entre apoiar Richa ou lançar Requião. A vitória do senador na
convenção, no final de junho, foi considerada surpreendente.
Com eleitorado cativo e a capilaridade do PMDB, um dos
maiores partidos do Estado, Requião desequilibrou o jogo eleitoral, antes mais
favorável ao tucano.
Gleisi, com uma campanha bastante estruturada e forte apoio
financeiro do PT, tenta decolar apostando no "novo". Sua equipe quer
promover sua proximidade com a presidente Dilma, de quem foi ministra, e o fato
de ser mulher.
Ainda assim, a senadora precisa enfrentar a tradicional
resistência ao PT do eleitorado paranaense. Nas últimas duas eleições
presidenciais, os candidatos tucanos à Presidência venceram os petistas no
Paraná. 
Editoria de Arte/Folhapress
SENADO
Na corrida ao Senado, o candidato Álvaro Dias (PSDB) lidera
de longe as intenções de voto, com 57%.
O segundo colocado, Ricardo Gomyde (PCdoB), candidato da
chapa de Gleisi, tem 4%.
Depois, aparecem Marcelo Almeida (PMDB) e Professor Piva
(PSOL), com 3%. Mauri Viana (PRP) tem 2% das intenções de voto. Luiz Barbara
(PTC) e Adilson Senador da Família (PRTB), 1% cada.
Os indecisos somam 19%. Brancos ou nulos, 10%.
A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número
PR-00014/2014.
Fale com a Redação - novasplataformas@grupofolha.com.br
FONTE - FOLHA DE S.PAULO 2014
|