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Prefeita de Altamira renuncia Salário do município
04/09/2014 14:51:46
 
 

 

Para conter gastos e arcar com custos essenciais, a prefeitura de Altamira do Paraná está adotando medidas extremas de contenção. A Prefeita Elza Aguiar (PSB), preocupada em amenizar a crise financeira que atinge quase todos os municípios brasileiros, renunciou ao salário recebido da Prefeitura Municipal, por tempo indeterminado.

A prefeita justificou sua decisão dizendo que todos têm que ter a preocupação de economizar e de fazer o melhor perante as dificuldades financeiras, sendo assim, ela foi a primeira a contribuir com o objetivo de conter gastos e manter as contas na margem aceitável da Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Estamos passando por momentos de dificuldade em todo o Brasil, onde repasses do governo federal estão atrasados, e as dificuldades dos pequenos municípios aumentam. Temos que conter gastos e fazer com que a administração municipal evolua, não deixando com que isso reflita diretamente a população”. Destacou a prefeita. A partir do mês de setembro a prefeita Elza Aguiar (PSB), não terá seus vencimentos arcados pelo município, e sim pelo Estado com o cargo de professora, que hoje é menor que o salário do município.

Principal fonte de receita de boa parte das cidades que integram a Associação dos Municípios Paranaenses (AMP), o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em junho caiu 33,34%. Isso se deve ao fato de o FPM, que é repassado da União para os municípios, ser composto basicamente pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), prejudicado pelas isenções do governo federal e pela retração da economia, e o Imposto de Renda (IR), pois em junho começam a ser pagas as restituições.

Além disso, os repasses do Ministério da Saúde estão atrasando sistematicamente. Desde maio, o governo federal tem demorado a repassar aos municípios o piso da atenção básica, utilizado para o pagamento de profissionais de saúde e compra de insumos. A liberação da verba ocorria sempre entre os dias 10 e 15 de cada mês para as prefeituras, mas no último bimestre saiu apenas no último dia útil. O valor referente ao mês de agosto ainda não foi depositado até agora e não há data prevista para o repasse.

O secretário municipal de Saúde, Cláudio Laia Mendes, confirma os atrasos ocorridos nos meses anteriores. Segundo ele, a Prefeitura está utilizando de recursos próprios para manter em dia a folha de pagamento, as compras de materiais e o atendimento, até o depósito da verba federal. Existem ainda repasses do PMAQ (Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica) e repasses do PSF (Programa Saúde da Família), que estão atrasados a mais de 12 meses, totalizando mais de 200.000,00 (Duzentos mil reais).