Fonte / Mariana Lioto - CGN
A semana começou com uma decisão importante a ser tomada: professores e funcionários de todo o Paraná chegaram a Curitiba para a realização da assembleia que decidiria pela suspensão ou continuidade da greve. O debate foi intenso, se estendeu até o início da tarde e a grande maioria dos presentes decidiu que, tendo em vista a conclusão do ano letivo e a abertura da mesa de negociações, é hora de voltar às escolas.
A APP entende que a greve que durou 15 dias e foi uma denúncia da quebra de compromissos assegurados nas leis (Constituição e Lei da Data-base) foi, em toda sua duração, legítima, justa e digna do respeito do governo e da sociedade. A categoria saiu das escolas para protestar contra o retrocesso e contra os ataques à educação pública.
“O item principal que motivou a greve, foi o desrespeito com os servidores. A data-base também é dívida, não é um aumento. O governador quebrou um compromisso que ele mesmo havia feito com a nossa categoria. O que temos direito é ao reajuste do poder de compra que precisa ser corrigido, pelo menos, uma vez por ano. A fala oficial do governo Richa é de que a data-base é um ganho e de que pode ser adiada para quando houver dinheiro em caixa, quem sabe em 2018. Isso é desrespeitoso”, defendeu o presidente da APP.
Durante a assembleia, o presidente da APP reforçou que a suspensão da greve não significa que o calendário de mobilizações contra a retirada de direitos dos educadores e estudantes se encerrou.
“Queremos sim, debater as condições de trabalho e de aprendizado, junto com o governo, com estudantes e com toda a comunidade. Não aceitaremos a desvalorização dos servidores, de maneira alguma”, defende o professor Hermes.
A ampla maioria dos(as) presentes decidiu que as aulas retornam nesta terça-feira (01).
“Vamos voltar às escolas, sim, mas não iremos baixar nossa cabeça e nos submeter a medidas autoritárias. A APP e a categoria não aceitarão o assédio moral do governo, em um estado democrático direito. Em abril, a APP comemora 70 anos e, em toda nossa história, nunca fomos intimidados com essas ameaças do governo”, afirma o presidente da APP-Sindicato.
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