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Dois vereadores e presidente da Autarquia Municipal de Trânsito de Ponta Grossa são presos pelo Gaeco
15/12/2020 11:08:41
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por G1 PR e RPC Ponta Grossa

 

Dois vereadores e o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito de Ponta Grossa, nos Campo Gerais do Paraná, foram presos em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nesta terça-feira (15).

 

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) investiga possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, fraude a licitação e tráfico de influência supostamente praticados por empresários, servidores públicos e vereadores.

 

Foram presos os vereadores Ricardo Zampieri (Republicanos) e Valtão (PRTB).

 

Os dois integraram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a contratação de empresa pela Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes do Município (AMTT) para a implantação e operação do “Estar Digital” . Zampieri era o presidente e Valtão o relator da investigação da Câmara.

 

Conforme autorização da Justiça, Valtão ficará preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado, e a Zampieri por cinco dias. O mandado de prisão contra o presidente da AMTT também é temporário, válido por 5 dias.

 

O MP-PR ainda cumpriu ordens de prisão contra quatro empresários investigados no esquema.

 

Além das prisões, o Gaeco cumpre 22 mandados de busca e apreensão na operação denominada Saturno.

 

Segundo o MP-PR, as ordens são cumpridas na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, especificamente no gabinete do secretário-geral de Administração, na Câmara Municipal, nos gabinetes de cinco vereadores, na Autarquia Municipal de Trânsito, na sede de três empresas e em 16 residências de empresários e servidores públicos.

 

Dos 22 mandados, 18 são cumpridos em Ponta Grossa e quatro em Curitiba. Todos os mandados foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa.

 

Os promotores de Ponta Grossa identificaram que, além da irregularidade na contratação da empresa para a implantação do "Estar Digital", também verificaram ilegalidades na compra de softwares utilizados Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), entre os anos de 2016 e 2020.

 

O MP-PR também apura a possível prática de manipulação e corrupção de vereadores na Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara Municipal para apurar as referidas licitações.