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Ministério Público investiga furto de barra de ouro de gabinete da Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná
09/08/2022 21:09:53
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Rafael Machado, g1 PR — Curitiba

 

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) instaurou Procedimento Preparatório para apurar denúncia de furto de uma barra de ouro no gabinete do secretário de Estado da Fazenda. O g1 teve acesso ao documento que comunica o início da investigação em julho. Contudo, conforme o MP-PR, há indicativo de que o crime ocorreu em 2011.

 

O procedimento foi instaurado no dia 18 de julho pela promotora Cláudia Cristina Rodrigues Martins Maddalozzo, da 5ª Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público de Curitiba.

 

Segundo a promotoria, a investigação ocorre mais de 10 anos depois porque só agora o fato chegou ao conhecimento do MP e que servidores do gabinete à época foram ouvidos.

 

 

Cláudia Maddalozzo confirmou que o crime ocorreu na gestão de Luiz Carlos Hauly, que foi secretário entre janeiro de 2011 a outubro de 2013. Informações como tamanho, de quem era a barra e o motivo de ela estar no gabinete não foram divulgadas.

 

Ao g1, Hauly disse que não sabia da investigação. "Nunca guardei nenhuma barra de ouro no gabinete. A secretaria tem dois mil funcionários. Querem ressuscitar essa história de algo que aconteceu há 11 anos? Isso é uma bobagem. É preciso ter respeito", afirmou.

 

Em nota, a Secretaria de Estado da Fazenda se limitou a afirmar que mais informações devem ser solicitadas ao Ministério Público do Paraná.

 

Procedimento Preparatório

Procedimento Preparatório é adotado quando as informações são consideradas cruas ou não é claro se a investigação cabe ao Ministério Público. É uma fase que antecede um possível inquérito civil ou uma ação judicial.

 

O documento de instauração da investigação fala sobre um "possível roubo". Porém, o MP-PR garantiu que se trata de um furto porque "não houve violência e nem grave ameaça". O Ministério Público afirmou que não pediu nenhuma investigação da Polícia Civil.

 

A promotora Cláudia Cristina Rodrigues informou que "explicações foram demandadas à Secretaria de Fazenda (Sefa) e que o procedimento está em fase de complementação".