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Professor é afastado após suspeita de assédio, importunação sexual e injúria racial contra alunas de 12 a 14 anos no noroeste do Paraná
18/11/2025 06:18:51
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um professor de um colégio estadual de São Pedro do Paraná, no noroeste do estado, foi afastado das funções após ser denunciado por assédio sexual, importunação sexual, injúria racial e outras formas de violência contra alunas adolescentes.

 

 

As informações são do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

 

 

Segundo o órgão, 12 estudantes, com idades entre 12 e 14 anos, relataram ter sido vítimas do professor de 34 anos. As denúncias chegaram ao MP-PR em agosto deste ano, e os fatos teriam ocorrido ao longo de 2025.

 

 

A 1ª Promotoria de Justiça de Loanda instaurou um inquérito civil e solicitou à Justiça o afastamento imediato do servidor, medida deferida pelo Poder Judiciário. A decisão também proíbe o investigado de manter contato com as vítimas e com qualquer criança ou adolescente durante o andamento das apurações.

 

 

Durante os depoimentos colhidos, as adolescentes relataram que o professor teria praticado condutas como toques com conotação sexual, envio de mensagens com comentários sobre aparência física, além de guardar e exibir fotos de alunas, algumas em trajes de banho. O MP-PR também aponta suspeita de que o professor teria compartilhado conteúdo impróprio com estudantes.

 

 

Além das condutas de natureza sexual, a investigação também identificou relatos de agressões verbais, gritos, humilhações e até atos de racismo, utilizados para intimidar e constranger as alunas.

 

 

Sindicância inicial havia absolvido o professor

 

 

Antes da intervenção do Ministério Público, o caso foi analisado em uma sindicância administrativa conduzida pelo Núcleo Regional de Educação (NRE) de Loanda, que considerou as denúncias improcedentes por falta de materialidade. O professor recebeu apenas orientações internas e continuou em sala de aula.

 

 

Após receber o relatório da sindicância, o MP-PR instaurou um novo procedimento investigativo, identificando que mães e responsáveis já haviam acionado a rede de proteção do município anteriormente.

 

O Ministério Público pediu, então, o afastamento do profissional e a instauração de um inquérito policial.

 

 

A Polícia Civil (PC-PR) confirmou que abriu procedimento para apurar o caso. A maioria das vítimas foi ouvida por meio de escuta especializada, com acompanhamento psicológico. O depoimento do professor ainda não tem data confirmada.

 

 

Em nota, o Núcleo Regional de Educação de Loanda informou que recebeu a decisão judicial na última sexta-feira (14) e afastou o professor de suas funções imediatamente.

 

 

Fonte: Ministério Público do Paraná (MP-PR)