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  Produtor cultiva Bicho da Seda a mais de vinte anos  
  Publicado em 22 de Janeiro de 2016  
       
 

 
 
 
Produtor cultiva Bicho da Seda a mais de vinte anos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O casal Genésio e Maria de Fátima, são os únicos produtores remanescentes de um grupo de sericicultores formado por 21 famílias que na década de 90 iniciaram o manejo e produção do Bicho da Seda na região de Campina da Lagoa.

 

A mais de 20 anos a família vive exclusivamente da produção do Bicho da Seda em uma propriedade de 2,5 alqueires na antiga comunidade da Fazenda São Bento a 18 Km da cidade, desde o início o trabalho foi realizado em família, o senhor Genésio Valentin da Silva, 58 anos e Dona Maria de Fatima Salse da Silva, também com 58 anos lembra das dificuldades e desafios que enfrentaram para aprender e dominar o manejo com a lagarta.

 

Segundo Dona Maria, o casal de filhos foram muito importante no início, pois mesmo ainda adolescentes Rogerio e Elizabete ajudaram muito os pais na tarefa diária de manejo do Bicho da Seda, pois essa tarefa exigia muita atenção e trato com os insetos que tem um ciclo de crescimento e produção com menos de 30 dias até sofre a metamorfose e se transformar em uma borboleta.

 

Hoje o casal trabalha sozinho na propriedade, os filhos cresceram e casaram-se, o Senhor Genésio passa parte do dia dentro do barracão, o processo simples para criar o bicho é o que atraiu os pequenos agricultores, mas apesar do pouco investimento a criação exigiu muita determinação e cuidados especiais no trato e no manuseio o que fez com que os outros agricultores desistissem da atividade. “O bicho da seda e uma atividade que a pessoa tem que ter vontade de trabalhar. O ciclo de vida dele é curtinho, então não pode descuidar. Tem que cuidar para que cobras, lagartos, ratos e formigas não se alimentem deles”, conta Genésio.

 

 

Juntos os dois fazem uma renda razoável por mês, eles só se queixam da falta de incentivo por parte do município. “A mais de oito anos não recebemos uma benfeitoria em nosso carreador, como é agendado a retirada da produção nos dias de chuva é um transtorno pois temos que levar até a estrada de qualquer maneira e o mínimo que poderiam fazer para nós era a manutenção do carreador”, comenta Dona Maria.

 

 

Cada casulo gera em média 1.200 metros de fio de seda, eles compram a lagarta na própria empresa que fazem a venda e cultivam amoreiras para alimentar o bicho. No barracão, as lagartas vão se desenvolvendo ao devorar os galhos da amoreira e começam a produzir, em pouco mais de um mês, o bicho confecciona um casulo em volta de si. Embora haja hoje muitas tecnologias o trabalho na propriedade é todo manual. 

 

 

 
 
 
 
     
 

 
 
     
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